“Três a dirigem, cinco a iluminam
e sete a tornam justa e perfeita.”[ii]
É sobre esta resposta que me continuo
a debruçar nesta minha Pr.´., dedicando-me por agora aos cinco que a iluminam,
ou seja, para além do V\M\, o P\V\ e o S\V\ (“Os três que a dirigem” já tratados na minha pr.´. anterior), dedicar-me-ei ao
Or.´. e ao Sec.´., estes cinco elementos são os que iluminam uma L.´. Simb.´..
O Or.´., também designado de “O
Guarda da Lei”, tem o seu assento no Or.´., em frente à mesa do Sec.´., no
lado esquerdo do V\M\, mas sobre nenhum degrau, uma
vez que não pertence às três pequenas Luzes[iii].
Ostenta no seu colar um Liv.´. Aber.´. como Joi.´., representando que nada de
duvidoso ou escondido deve possuir.
É a consciência da L.´. que deve
conhecer os cânones da razão, é a Luz que tudo clareia, como o Sol que,
no simbolismo, representa o Or.´., sendo a Quarta Dignid.´. da L.´..
O Or.´. representa Apolo, deus
do Sol, responsável pela Guarda da Lei e pelas Oratórias, é também o símbolo da
Luz e da temperança em toda a sua virtude, tem sobre seus ombros grandes
responsabilidades no êxito da sessão da L.´. e deverá ter conhecimento da
Const.´. Maç.´., dos Regulamentos, Regimentos e Landmarks para
impugnar tudo o que estiver irregular, até em atos do V\M\.
Deve possuir muita experiência
maç.´., pois terá de dar opinião sobre a legalidade de atos e situações que
surjam.
O trabalho do Or.´. é, de modo
geral, de improviso, e tem por função uma variedade de assuntos, tais como: dar
opinião resumida de todos os assuntos abordados em L.´.; Saudar os visitantes;
Reparar possíveis defeitos ou interpretações erradas ou viciadas que verificar
durante o decurso dos trabalhos; Mostrar um tema como lição, desde que não
tenha sido apresentado por outro I.´.; Toda a vez que for trazida uma notícia
de um I.´. do Quad.´. que se encontre doente, o O.´. deverá pronunciar-se
invocando forças superiores, para o pronto restabelecimento da saúde desse
I.´..
Pelo que pude ler, cabe também ao
Or.´. a abertura do Liv.´. da L.´., bem como o posicionamento do Esq.´., do
Comp.´. e da Rég.´. correspondente ao Gr.´. da L.´. em que será aberta a sessão.
Caso ocorra alguma interpretação
errada sobre algum símbolo, o Or.´. deverá procurar repara-la, dando um fundo
mais correto, sem contudo usar de meios que possam melindrar, diminuir ou
menosprezar a quem a fez. Será, digo eu, até interessante que o I.´., com a
intervenção do Or.´. sinta que o seu trabalho foi por este valorizado.
Deverá também enaltecer todos os
eventos importantes da Pátria e seus vultos, para que não fiquem no ostracismo.
Em caso de críticas, elas devem ser construtivas para servirem de exemplo. No
caso de surgirem comentários com opiniões a favor ou contra, o Or.´. deve
manter-se neutro, não dando a sua opinião, para não aumentar a polémica, mas apenas
analisar a tese.
O Or.´. tem a prerrogativa de
falar sem ser interrompido, salvo se estiver a ser inconveniente, deve apreciar
as Peç.´. de Arq.´. de AA.´. e CC.´. com o propósito de obterem
aum.´. de sal.´., que deveram ser lidas em L.´..
Tem a função de orientar o
apresentante do trabalho no sentido de não se alongar muito, ser claro e
conciso; ao ler, procurar ter boa dicção, com entoação de voz adequada;
postura, gestos e inflexões corretas. Deve procurar fazer o A.´. ver que a
sua tese deve trazer Luz aos que a assistem, uma vez que a Maç.´. também é
uma Escola que dá lições sobre costumes dos antepassados orientais, no sentido
de aprimorar hábitos e, principalmente, o espirito, a fim de aproximar os Obr.´. do Absoluto.
Por fim, será de acrescentar que
deverá ser cortês para com todos, conhecedor do vernáculo e, se possível,
irradiar simpatia emitindo o seu magnetismo positivo e, com as suas palavras
bem usadas, certamente que conseguirá abrilhantar os trabalhos.
No término da sessão, o Or.´. praticamente valida os trabalhos, fazendo um pequeno resumo, devendo concluir
que estes decorreram de forma Just.´. e Perf.´..
No que se refere ao Secr.´.,
este desempenha um dos cargos mais trabalhosos e dos mais importantes da L.´.,
tem a sua mesa no Or.´. em frente ao Or.´., no lado direito do V\M\ e tem
como J.´. duas penas cruzadas. Corresponde a Ártemis (Diana), a Deusa da Lua por
refletir nas atas a Luz que procede do Sol, isto é, do Orador; é o símbolo da
Lua com grande função na L.´., sendo a Quint.´. Dignid.´., representa a “Virtude
da Esperança”.
De entre muitas outras, destaco
as seguintes funções que tem a seu cargo: Redigir as atas (Balaustres),
passando para a memória todos os factos e acontecimentos; Coordenar o
expediente burocrático da L.´.; Encarregar-se da correspondência e das atas,
consignando o que julgar importante, fornecendo os quadros de rotina à
Secretaria da Obed.´..
É uma função que muito se
assemelha a uma memória, relembra as discussões anteriores, que devem ter sido
anotadas relatando o desenrolar da sessão, devendo ser claro, conciso e objetivo,
sem se alongar com pormenores sem importância, anotando somente o essencial,
para que, em qualquer momento, no futuro, possa ser lido e relembrado.
O seu trabalho forma a história
da L.´., por esse motivo, sempre deve estar atento para não perder uma anotação
importante. Tem muita “força” na sessão, pois pode, a qualquer momento, pedir a
palavra diretamente ao V\M\, e sempre terá prioridade sobre
outro Obr.´..
(Texto escrito adotando o novo acordo ortográfico)
Referências Bibliográficas
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